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Coluna Invertebral: Festa Junina Importada

quarta-feira, junho 22

Chapadinha é uma cidade que não tem cultura especifica, como vamos notar nos vários arraiais que iremos presenciar, sinto e acho que é um sentimento de muitos, uma falta grande de cultura maranhense e chapadinhense, pois em todo festejo junino terá uma apresentação fora de nossa cultura, uma coisa como dança do ventre, que eu mesmo não vejo por que alguém apresentar isso, já que não faz parte da cultura maranhense e muito menos chapadinhense, e não duvido nada de alguém tentar apresentar sapateado. Graças a uns poucos que tem bom senso ainda temos as quadrilhas caipiras e um ou outro bumba-meu-boi de escolas que tentam enxertar um pouco de cultura em seus alunos, mas por falta de apoio resumem-se a copiar musicas de outros bois e a dançar sob play back de CDs; fica bem meia boca, mas dá pra ver, já que é o que de bem próximo do bom se te,.

Das danças que não são de nossa cultura a única que chega próximo de me agradar é a dança portuguesa, não pela música, mas sim pelo estilo clássico que vai desde a vestimenta até os gracejos dos dançarinos, se as músicas continuassem as mesmas do século passado, me agradaria por completo.

Uma dança que de uns tempos pra cá vem crescendo, mas não com minha ajuda, é o hip hop ou breack que é o nome certo, eu particularmente não vejo graça neste tipo de dança, até por que se formos observar, é uma dança que não tem nada em comum com festas juninas e com a cultura regional, estamos deixando de lado nossas raízes maranhenses, deixando o bumba-meu-boi com todas as suas variações de sotaques, que é por sinal a dança mais bonita desses festejos, o cacuriá com sua sensualidade afro, o tambor de crioula que lembra muito de perto as danças típicas escravas, a dança do pau de fita, onde as damas no século passado se enfeitavam toda para a festa, alguém viu essas danças nos arraiais? Não, por quê? Por que simplesmente alguém, que eu não sei quem é colocou na cabeça de nossos jovens que hip hop é dança pra se apresentar em arraiais, lembro-me de um ano em que não sei o que deu em mim, fui assistir uma dança de hip hop, e sem mais nem menos entraram uns outros garotos numas bicicletas fazendo manobras, pensei “putz conseguiram piorar ainda mais minha opinião sobre eles”, e o publico ainda ajudava, dando gritinhos e a cada um que entreva dava dois giros, um salto mortal (que até agora não entendo pra quê), virava e se agacha a euforia era maior. Eu dei risadas, não por que não gosto da dança (que eu não gosto mesmo), mas por que achei uma idiotice e sem um pingo de interesse, ah e a musica ainda é americana, por que já não basta importar os eletrônicos, as drogas e as modinhas Emo, também vamos importar as danças tipicas, Ah façam-me o favor, brasileiro é bem mais que isso, maranhense é bem mais que isso, e o chapadinhense, já não sei, mas queria muito que fosse.

O que é mais engraçado disso tudo, é que se eu chegar e expressar a minha opinião sobre isso vou ser motivo de chacota e desdém, e até chamado de preconceituoso e retrogrado; sou retrogrado sim, preconceituoso não, o que é antigo me agrada e é bom, ainda mais se dado um ar de contemporaneidade, só defendo a idéia de que merecemos mais cultura, alguns de nós nem sabe e nunca viu um bailado cacuriá, um bomba boi de matraca e pandeirão, mas se quebra todo numa dança que não influi nem contribui na nossa cultura maranhense, uma dança que o próprio dançarino mal canta a letra da música e muitas vezes por não ter costume até escreve o nome dela errado.

1 O que você acha?:

my blog disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....
obrigado por gostar da gente (dança portuguesa).
Danylo Portela

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