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Crítica sobre a cultura pop da atualidade...

domingo, dezembro 12




Ah, hoje tenho um assunto para comentar.
Vamos começar pelo que mais me deixou decepcionado nesse fim de semana: a cultura "pop" atual. Hoje em dia as modinhas da vez são os livros da péssima escritora Stephenie Meyer e o som de bandas como CINE, FRESNO, e a última porcaria musical do momento, a tal da banda RESTART.

Ah, como era boa a época onde "restart" era apenas um botão de video-game...


...e "crepúsculo", "lua nova", "eclipse" e "amanhecer" eram apenas fenômenos naturais...


Como músico, me sinto profundamente ofendido quando alguém tem a coragem de chamar o "som" da banda RESTART de rock. Gente, ROCK é um som harmonioso com harpejos e riffs, onde a guitarra e o baixo se contrapõe em harmonia. Eu me coloquei a ouvir as musicas dessa banda no sábado, e digo para quem quiser: aquela porcaria de som é o pior lixo "tentativa de rock" que eu já ouvi depois do último CD da Pitty (e olha que eu era um grande fã das musicas da Pitty, inclusive tenho o primeiro CD dela que, admito, é um dos melhores CDs de rock nacional que já ouvi).
Musicalmente falando, o som da banda RESTART é muito semelhante aos barulhos que as bandas CINE e FRESNO fazem. Um vocalisca com voz aguda canta em tons altos, enquanto o guitarrista fica preso em acordes com distorção, o baixista se limita a imitar as mesmas notas da guitarrista e o baterista é o único que sobressai um pouco. A letra é absolutamente burocrática, feita especialmente para adolescentes viciadas em Hello Kitty, que têm um pôster do Robert Pattinson no quarto, absolutamente "emo". Por muito pouco não escorreram lágrimas das minhas caixas de som...
Agora, o pior: o estilo. O rock já foi aclamado pelo visual mais negro, com estilo mais fechado, impondo respeito com suas jaquetas jeans, calças pretas, ou um visual mais urbano, limpo e adulto. Agora, o visual dessas bandas de "rock" nacionais é risível. Sinceramente, parece uma mistura bizarra entre TELETUBBIES e POWER RANGERS: roupas coloridas e "felizes", para não dizer gays literalmente (sem preconceito nenhum, mas se é para ser gay, que seja assumido). Maquiagem, cabelos escorridos de chapinha... Em uma época onde um "cara" como Fiuk é considerado como lindo (fala sério, um cara de cabelo bagunçado e comprido, barba mal-feita e DECOTE!?), esses visuais cada vez mais bizarros parecem fascinar as adolescentes, o que vai de contraponto à real beleza de um homem que mantém o corpo em forma. Se bem que o foco dessas bandas é mais a vibe adolescente mesmo, porém se não for colocado nas mentes desses "ex-crianças" a idéia da maturidade, estaremos formando uma legião de jovens homossexuais sem o menor conteúdo.


Para piorar a situação, o incentivo da leitura à essa geração vem na forma de livros de péssima qualidade, como é a prova da péssima "saga" Crepúsculo.
Não tenho nada contra quem gostou desses livros, mas eu dificilmente vou conseguirei justificar o motivo disso. Eu pessoalmente já li todos os livros, e é difícil entender como as pessoas podem ter gostado desses livros.




A quadrilogia criada por Stephenie Meyer gira em torno de um triângulo amoroso formado pelas duas criaturas mais ridículas que eu já encontrei na literatura e por um personagem bastante deslocado e confuso. A personagem principal do livro, a jovem Isabella Swan, é a garota mais absolutamente sem graça que eu já vi em um romance. Para começar, ela é completamente indecisa: nos dois primeiros livros, tudo que ela mais quer na vida é ser transformada, é viver a vida inteira com o "homem" dela (falarei sobre o Edward na sequencia), porém no momento em que finalmente ele aceita comê-la (interprete da maneira que quiser...), ela simplesmente se nega por alegar valores familiares. Er... AHN!? Além disso, Bella se mostra uma garota com absolutamente todas as inseguranças típicas de uma adolescente... AOS DEZENOVE ANOS! Sim, ela chega na cidade onde posteriormente encontrará a família Cullen aos dezessete, mas quando, aos dezenove anos, ela finalmente consegue justamente aquilo pelo qual lutou nos dois anos anteriores, ela esquece tudo e volta a ser a adolescente de quinze anos preocupada com o que os pais vão pensar... Enfim, Stephenie Meyer simplesmente não conseguiu ser ao menos coerente com a personagem que criou. Desastrada, confusa, em muitos momentos absolutamente BURRA como uma porta, e pelo que a própria escritora deixa claro durante todos os livros, apenas bonitinha... Não consigo entender o que poderia atrair não só um como dois homens...
Ah, entendi. É que o cara é tão maluco quanto ela... Depois de cem longos anos sem dar uma transadinha sequer (e por opção), só sobra uma opção fora a completa insanidade: a homossexualidade. E nesse quesito, Edward se encaixa como uma luva se levarmos em consideração os três filmes já realizados baseados nos livros. Com maquiagem forçada, cabelos milimetricamente bagunçados (ele deve ter passado os cento e poucos anos da vida dele bagunçando aquele cabelo) e trejeitos de "bicha enrrustida", Edward consegue até mesmo a proeza de deixar seu "rival" ficar abraçado com a sua mulher DE CONCHINHA, encoxando gostoso a garota, na sua frente, e ainda ELOGIAR o rival, dizendo que ele é um cara legal... No terceiro livro, justamente nesta parte, eu tinha certeza absoluta de que ele iria revelar que não gostava de Bella coisíssima nenhuma e declararia amores ao Jacob... Mas me enganei, infelizmente (a paixão homossexual entre um vampiro e um lobisomem seria algo absurdamente mais interessante de se ler e até mesmo de se estudar, com relação ao lado psicológico, mitológico e humano de ser, do que um romancezinho sem sal como esse).



Seria muito mais interessante...

Falando no lobisomem, Jacob é um personagem realmente interessante se pensarmos pelo seguinte ponto: ele é legal DEMAIS para se interessar verdadeiramente por uma garota como a Bella. Não fica muito claro em nenhum momento os motivos pelos quais tanto Edward quanto Jacob se interessaram por Bella, e as explicações criadas pela autora são tão absurdas e risíveis que simplesmente não consegui crer no que lia. Para Edward, ela tenta justificar através do cheiro de Bella, que seria embriagante e tals... O que não justifica o fato dele continuar atraido por ela depois que ela se transforma (a autora não se deu ao trabalho de especificar as qualidades que o atraiam nela). Para Jacob, a explicação é um tal de "insight" que ela inventou (na versão nacional, lê-se "impressão"): o "lobo" ficaria "preso" ao ser amado e a vida dele... Uma conversa fiada sem fim, que também não justifica, já que ela mesma deixa claro que Jacob não teve a tal "impressão" com Bella...
Resumindo: uma estória fraca, sem nexo ou coerencia, melada e enjoativa ( e o final disso tudo, o último livro, é de doer...), que só consegui manchar a boa reputação de criaturas mitológicas como vampiros e lobisomens...
Cultura pop ridícula...

Aff véi... Na moral, é tão estúpido que é engraçado!


Pop de verdade era o homem que é homenageado neste vídeo! Espero que curtam e quem discordar de mim, fique a vontade para comentar!




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