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Alerta HPV= 8 entre 10 mulheres podem esta contaminadas

segunda-feira, novembro 8

Não dá para bobear com esse vírus. Transmitido sexualmente é muito contagioso – oito em cada dez mulheres já tiveram, têm ou terão contato com ele. O perigo maior é que essa contaminação pode evoluir para o câncer no colo do útero. Prevenir é o melhor caminho para manter a sua saúde em dia

Todo ano, cerca de 230 mil mulheres morrem no mundo vítimas do câncer no colo do útero. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 18 mil novos casos serão diagnosticados em 2008. E, para o surgimento desse tipo de câncer, é necessário que a vítima tenha sido infectada pelo papiloma vírus humano, o famigerado HPV. Sim, ele é o vilão da história. Um vilão potente, uma vez que existem mais de 100 tipos, e silencioso, já que os mais perigosos não apresentam sintomas. Apesar dos números assustadores, mantenha a calma. Não é porque você recebeu um diagnóstico positivo que vai ter câncer uterino. Na verdade, aproximadamente 0,5% das mulheres contaminadas desenvolvem o tumor. “O HPV assusta porque origina o câncer. Mas, ao mesmo tempo, poucos casos evoluem até a doença, principalmente quando há acompanhamento médico”, afirma Neila Góis Speck, ginecologista e chefe do Ambulatório de Colposcopia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mesmo não evoluindo para o câncer, o HPV pode provocar verrugas que começam microscópicas, mas crescem a ponto de desfigurar a vagina, portanto devem ser tratadas com rapidez. A maioria das infecções por HPV é caracterizada como transitória. “Cerca de 90% dos casos são resolvidos sem maiores complicações”, diz Luisa Lina Villa, chefe do grupo de virologia e membro titular do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo.

Prevenção é a solução
Uma vez que a doença é transmitida sexualmente, ter relações com camisinha é, sem dúvida, a melhor forma de se cuidar. “O uso do preservativo reduz os riscos de contaminação em 80% dos casos. Mas a segurança não é total porque ele protege apenas dos vírus que estão no pênis e, às vezes, o HPV aparece na bolsa escrotal”, diz Neila. Contato manual e oral também podem provocar a contaminação, embora esses tipos de contágio sejam mais raros. O que os médicos percebem é que, na maioria das vezes, se adquire o HPV após dois ou três anos do início da vida sexual. Em muitos casos, o próprio organismo dá conta de eliminar o vírus. Outras vezes, ele pode ficar muitos anos sem se manifestar. Por isso, é importante fazer um acompanhamento ginecológico desde que se inicia a vida sexual. E a partir dos 30 anos é necessário redobrar os cuidados, pois o sistema imunológico começa a enfraquecer e o vírus causa lesões de maior gravidade no colo do útero.



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